Portugal prepara-se para assinalar, esta sexta-feira, os 51 anos da Revolução dos Cravos, um marco histórico que consagrou a liberdade e os direitos fundamentais no país. Um pouco por todo o território nacional estão previstas celebrações, com destaque para manifestações, desfiles e outras iniciativas cívicas e culturais.
A Polícia de Segurança Pública (PSP) acompanha de perto a preparação destes eventos, com operações de segurança reforçadas em várias cidades, entre as quais Braga, Coimbra, Funchal, Guarda, Leiria, Lisboa, Porto e Viseu. A missão da PSP, enquanto força de segurança ao serviço da sociedade, passa por garantir que todos os cidadãos possam exercer os seus direitos com segurança, dignidade e respeito pelas liberdades fundamentais.
Em Lisboa, cidade onde se prevê a maior afluência de participantes, a PSP já recebeu múltiplas comunicações de manifestações e concentrações. Dado o volume e diversidade dos eventos — alguns com motivações e orientações ideológicas divergentes — foi realizada uma análise de risco minuciosa. No seguimento desta avaliação, a PSP emitiu parecer negativo relativamente à realização de manifestações previstas para a Praça do Martim Moniz, de forma a assegurar a ordem e tranquilidade públicas.
A operação de segurança conta com elevado grau de planeamento, recorrendo a recolha de informação em fontes abertas e monitorização em tempo real, ajustando os meios às necessidades de cada local e contexto. A PSP garante uma presença visível e móvel dos seus efetivos, prevenindo situações de conflito ou perturbação da ordem.
Além das medidas de segurança, a PSP alerta ainda para os previsíveis condicionamentos de trânsito, sobretudo no centro de Lisboa, e pede a compreensão de todos para os inevitáveis constrangimentos à circulação.
Num apelo ao civismo, a Polícia reforça a importância de atitudes respeitadoras e democráticas, relembrando os princípios consagrados na Constituição da República Portuguesa, nomeadamente o direito à liberdade, segurança e igualdade. “Que o espírito de Abril se traduza em celebrações pacíficas, pluralistas e respeitadoras da diversidade de opinião”, refere a nota da PSP.
As celebrações dos 51 anos do 25 de Abril não são apenas uma evocação do passado, mas uma afirmação viva da liberdade conquistada — e do compromisso coletivo de a preservar.
