Um pouco por todo país, as comemorações do 50 anos do 25 de abril sucedem-se. Aliás, este mês de abril é marcado por inúmeros eventos que recordam a revolução que devolveu a liberdade a Portugal.
Recordando aquele dia, onde a nossa história mudou, a coluna militar liderada por Salgueiro Maia integrava 245 militares e foi uma das maiores forças implicadas no golpe de estado de 25 de Abril de 1974.Com um longo caminho para percorrer, os militares da EPC saíram da cidade ribatejana às 03:00, e duas horas e meia depois já estavam no Terreiro do Paço, na altura sede dos principais ministérios e onde se poderia efetivamente neutralizar o Governo. E assim, se mudava a história de um país e se ditava a liberdade para muitos portugueses, mas também para as ex-colónias.
Vários acontecimentos, marcaram este dia 25 de abril de 2024, entre eles uma manifestação que fez sair fumo negro em Lisboa. Mas num momento, em que a estabilidade política é tão necessária, várias foram as personalidades a alertar para a importância da justiça social, do direito à habitação, entre tantos direitos que por vezes parecem ser esquecidos. Uma das personalidades foi Vasco Lourenço, fundador e presidente da Associação 25 de Abril, que durante as comemorações na Assembleia da República recordou que “há retrocesso na justiça social nos últimos anos” e lamentou a atual situação do país.
A marcar as comemorações do 25 de abril, esteve também o Presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa, que condecorou, advogados defensores de presos políticos e a Associação Nacional de Freguesias (Anafre), com a Ordem da Liberdade.
Com a revolução, ficaram os símbolos do Estado Novo, esquecidos e abandonados. Há quem diga que os símbolos que restaram permaneceram no espaço público meses ou anos sem que tenha havido uma estratégia sobre o que fazer com os despojos da ditadura.
